segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

com a gente, é outra história

Mas eu gostava demais dela. Tava lendo você-sabe-o-quê e ouvindo a nossa música, aquela de agora, e pensei em você e naquele seu jeito tinhoso, carne de pescoço, sabe? Aí me lembrei daquela tua foto com o cabelo novo, mas o rostinho de sempre, que eu já vi e beijei tantas vezes ao longo desses anos todos de eu e você. Nariz pequeno, boca rosa, olhinhos que me lêem por inteiro no curto espaço de tempo em que nossos olhares se cruzam e aquela expressão que eu conheço tão bem e fico sempre repetindo mentalmente quando tô em qualquer situação de perigo, tristeza e qualquer coisa ruim nesse mundo. A essa altura do campeonato, você já sabe que é pra você que eu escrevo, né? É claro que tu ainda deve estar duvidando de que é pra tu mesmo, senão não seria você, mas pode acreditar que é. Sim, porque só tu me faz ouvir uma música mais de vinte vezes num único dia, só tu me faz ler uma coisa mesmo sabendo que vou chorar porque ela vale a pena, só tu faz aquela voz de menina pequena e me pede pra ler uma coisa pra tu porque, segundo você, quando eu leio, ela vira verdade. E eu ouço, eu choro, eu leio. A verdade é que eu faço o que tu quiser, pequena. Eu tô sempre pronta pro teu falar fino, pra tua banca de workaholic, pros teus códigos quando tua mãe tá perto do telefone, pra os teus sermões quando eu mereço ouvir e pros teus bilhetinhos laranja espalhados pela casa quando tu tem uma crise de ciúmes. Porque você é o meu benzinho, é aquela flor que escolhi pra tirar da janela e colocar no jarrinho do lado da minha cama pra ficar mais perto de mim, você é a única pessoa de quem eu tenho impulsos de cuidar, logo eu que não sei cuidar direito nem de mim. É por isso que eu digo que o nosso querido Lô se enganou quando fez a letra daquela música, a nossa. Se conhecesse a gente, ele teria escrito “e basta contar compasso, e basta contar comigo, que a chama não tem pavio”. E é bem isso mesmo, N. : a nossa chama não tem pavio. É só contarmos uma com a outra. E isso não tem sopro, ventania, tempestade que vá mudar porque eu te amo (desde e para) sempre. Você sabe disso.

2 comentários:

Unknown disse...

esse eu nem conhecia!
mas eu conheço tanto sobre oq ele fala... acho que tou te conhecendo bem... e o nome disso é amizade

Nathália. disse...

ai friend, que coisa tão linda.
lembra sempre: até o apagar da velha chama.

te amo!