quarta-feira, 9 de abril de 2008

New boyfriend.

Já detectei a solução para os meus problemas amorosos, acadêmicos e sociais: o aeroporto. Se nesse momento eu tivesse que escolher um par perfeito, um dream boy, escolhia o aeroporto. Nada de Louis Garrel ou Seth Cohen, o bofe da temporada tem escrito na primeira linha da identidade Aeroporto Internacional dos Guararapes. Ele me recebe quando estou cansada e voltando pra casa a qualquer hora do dia ou da noite e me deixa na porta do avião quando eu preciso ir embora, o que é muito melhor do que deixar no portão de casa, diga-se de passagem.

E o melhor de tudo é quando o seu namorado te apóia em qualquer situação e não liga para o destino para onde ele está lhe levando: a Clínica de Rehab Social Queimados. E quando, mesmo com queimaduras de quinto graus all over my body, ele ainda me chama de linda, leva minha(s) mala(s) no bagageiro e me chama pelo alto-falante. Ai, ai. É disso que eu preciso, gente.

Bye bye, fellas, i’m going right now. Passar bem.

4 comentários:

Unknown disse...

quantas internas num post só, i have to say...!

hahahahaha
já me inscrevi, e você?
ainda não é cadastrado na Rehab Queimados?
Cadastre-se agora!

Laurinha disse...

iiiih, friend!
quer dizer que a gente tá dividindo paquerinhas, então?!
é isso agora?!


te amo, flor!
beijo.
=***

Rodrigo disse...

gaaaaaaaaata.
o meu blog é anti-clown.blogspot.com

Magno Marques disse...

Qual não foi o meu espanto ao me deparar com o título desse texto! A mim, como a todos os fãs de Amanda, o primeiro pensamento que ocorreu foi: "quem terá sido o filho da mãe sortudo? Acaso algum deus grego, passeando pela veneza brasileira, terá se esquecido da vida olímpica, do canto das musas, do néctar divino e dos amores das deusas no primeiro instante em que viu Amanda e finalmente percebeu que o paraíso não é o Olimpo, onde os deuses habitam, mas todo e qualquer lugar em que Amanda esteja?" Mas eis que a hipótese do deus grego cai por terra quando começo a ler o texto: o new boyfriend, como sabem, era o aeroporto.

De saída, a idéia provocativa é uma punhalada na garganta do orgulho masculino e o que há de pior a seu respeito é a alta probabilidade de que seja verdadeira. Difícil refutar a lógica implacável da autora. Que homem poderá ostentar em seu currículo todo aquele repertório de qualidades do aeroporto internacional dos guararapes? Sendo assim, os contra-argumentos que tentei encontrar acabaram soando extravagantes, verdadeiras forçações de barra na minha tentativa desesperada de salvar a honra masculina. A fim de não enfadar excessivamente a leitora, restrinjo meus argumentos aos pontos em que considero mais complicada a salvação do gênero masculino.

Atentem, por exemplo, para essa enorme dificuldade: que homem, gozando de sua plena saúde mental, diria que sua namorada é linda mesmo que ela tivesse pavorosas queimaduras de quinto grau all over her body? Acaso não seria mais sensato acreditar em príncipes encantados do que em semelhante espécie de homem? Bem, meu argumento é o seguinte: um homem provido de sensibilidade ainda assim diria que sua namorada é linda. Especialmente no caso de se tratar de Amanda. Afinal, essa jovem escritora já nos deu suficientes provas em seus textos de que possui um espírito delicado e sublime; e como a ciência nunca conseguiu provar que a alma humana é constituída de carbono,ela provavelmente não será atingida pelo fogo e conservará intacta a sua beleza. Ademais, já procurei demonstrar num comentário que fiz ao primeiro texto desse blog como a beleza exterior de Amanda é um reflexo da sua beleza interior, de modo que esse mesmo fogo capaz de destruir cidades e florestas, de nada seria capaz contra a sua beleza.

A maior dificuldade em que a autora nos enreda, contudo, aparece já no começo, quando apresenta o aeroporto como a solução dos seus problemas acadêmicos, sociais e amorosos. Ora, quem conhece os homens sabe que eles não aparecem na vida de uma mulher para resolver os seus problemas, mas para complicá-los ainda mais ou ainda para trazer problemas novos e maiores. Complicam enormemente a vida acadêmica, social e principalmente a amorosa. Eu mesmo costumo dizer que a única maneira de não errar na escolha do namorado é não namorar. Afinal, existem dois tipos de homem: os que possuem apenas beleza exterior e os que não possuem beleza nenhuma. Sendo assim, como poderemos rivalizar com o aeroporto? O único argumento desesperado que consegui encontrar foi o seguinte: imaginem quão monótona e insuportável seria uma vida longe de problemas (pensem, por exemplo, no argumento clássico dos índices de suicídio nos países nórdicos). É aí que reside, portanto, o trunfo dos homens sobre o aeroporto: ele é incapaz de impedir que a vida de uma mulher caia na monotonia de uma existência longe dos problemas.

Mas como já pude perceber que as leitoras que freqüentam este blog são inteligentes o bastante para não concordarem comigo, resta-me o fútil consolo de que é mais fácil aceitar perder pra um aeroporto do que para um deus grego.